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Crédito pessoal ou cartão de crédito?

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Crédito pessoal ou cartão de crédito

À primeira vista, contratar um crédito pessoal ou pedir um cartão de crédito podem parecer soluções semelhantes em tempos de aperto financeiro, mas há diferenças substanciais. Entenda qual a solução que melhor se adequa às suas necessidades.

Por serem modalidades de financiamento aparentemente semelhantes, ou que podem servir para o mesmo tipo de finalidades, é possível que tenha dificuldade decidir se deve pedir um cartão de crédito ou recorrer a um crédito pessoal. A decisão sobre a melhor solução está sobretudo relacionada com o valor a pedir e os moldes em que pretende fazer o pagamento. 

Neste vídeo, Sérgio Rodrigues, especialista em Finanças Pessoais, esclarece-o sobre este tema e deixa-lhe ainda as dicas para conseguir o melhor crédito.

Contratar um crédito pessoal

Um crédito pessoal é um empréstimo que um banco ou uma instituição financeira devidamente autorizada faz a um consumidor, comprometendo-se este a fazer os pagamentos mensais no prazo e em condições previamente acordadas.

Regra geral, este é um tipo de financiamento utilizado para fazer face a despesas com um valor substancial, sobretudo quando se trata de uma situação inesperada e não tem uma poupança a que possa recorrer. Pode ser usado para várias finalidades, como a compra de eletrodomésticos caros, o pagamento de despesas médicas elevadas, o pagamento de um curso, a aquisição de um carro, obras em casa ou outra finalidade não específica.

Uma das grandes vantagens é o facto de poder fixar o valor da prestação e poder pagá-la durante mais tempo. Além disso, a rapidez de resposta e de acesso ao dinheiro, são fatores que levam a que muitos consumidores optem por um crédito pessoal em situações de aperto, principalmente se fizer o pedido online.

Quais são os limites para um crédito pessoal?

O crédito pessoal está limitado a 75 mil euros pelo Banco de Portugal. Relativamente às condições de pagamento, o crédito pessoal está limitado pelo Banco de Portugal a 84 mensalidades, o equivalente a 7 anos, com apenas algumas exceções. O ideal é fazer várias simulações, com prazos diferentes, e encontrar a mensalidade certa para o montante pedido, tendo em atenção a sua taxa de esforço. Tenha em conta que um prazo curto implica mensalidades mais altas e um prazo longo representa mais custos com juros e outros encargos.

Conte com despesas adicionais

Uma das desvantagens do crédito pessoal são os custos associados à concessão do crédito. Neste caso, podem ser-lhe exigidos valores relacionados com as comissões de abertura e o processamento da prestação. Além disso, terá naturalmente de pagar taxas de juro, que podem ser fixas ou variáveis (podendo ou não alterar as prestações consoante as oscilações do mercado) e o ISUC (Imposto do Selo sobre a Utilização do Crédito), cobrado mediante a contratação do empréstimo pessoal.

Crédito pessoal online

O crédito pessoal urgente ou crédito na hora é a melhor solução para quem precisa de dinheiro de forma rápida, uma vez que, ao contrário de outros financiamentos, tudo é tratado online.

O tempo de resposta para pedidos de crédito online depende de vários fatores, como a entidade financeira, o montante solicitado e o tipo de crédito. Regra geral, quanto mais dinheiro pedir, mais exigente e demorada será a análise ao pedido. Se o fizer junto da Cofidis, poderá obter uma resposta no prazo de 24 horas.

Relativamente ao prazo para o dinheiro cair na conta, se o montante for baixo, obtém pré-aprovação imediata e após o envio online de toda a documentação, o dinheiro ficará disponível na sua conta num prazo de 48 horas. Por norma, é possível pedir um crédito pessoal rápido através da internet até um limite máximo de 50 000 euros.

Pedir um cartão de crédito

Em alternativa, pode optar pelo cartão de crédito, um meio de pagamento que permite comprar e pagar depois, de forma conveniente. Trata-se de um meio de pagamento eletrónico que disponibiliza um plafond que pode gastar imediatamente, sem grandes burocracias. À medida que paga o valor que utiliza, o dinheiro é reposto e fica disponível a utilizar novamente, dentro do limite contratado.

Geralmente, é utilizado para pagar compras mais pequenas, pelo que pode ser uma boa solução caso não tenha dinheiro à ordem para pagar determinada despesa que surja repentinamente ou prefira não ficar com a sua conta a zeros.

Como funciona o cartão de crédito

Além de permitir comprar bens, com um cartão de crédito pode efetuar pagamentos de serviços, levantar dinheiro a crédito (cash advance) ou efetuar uma transferência para a sua conta à ordem.

Uma particularidade interessante dos cartões de crédito é que pode permite algumas compras em prestações, o que pode ser uma mais-valia na gestão do orçamento familiar. Mas atenção, é possível que nesta situação, as taxas de juro sejam mais elevadas.

Quanto ao reembolso, pode ser feito em parcelas mensais ou de uma só vez. Caso pague o valor na totalidade e dentro do prazo estipulado, não paga taxas de juro.

Encargos adicionais dos cartões de crédito

Além das taxas de juro, que variam de acordo com a entidade bancária e o tipo de cartão, existem outros encargos associados à utilização do cartão de crédito, entre eles, os custos de emissão do cartão, pago anualmente.

Qual a melhor opção: crédito pessoal ou cartão de crédito?

Como já viu, há vantagens e desvantagens em contratar qualquer um destes meios de financiamento, pelo que deve apurar qual das soluções terá mais peso no seu orçamento familiar. Para tomar uma decisão, avalie a finalidade do dinheiro e a forma como pretende devolvê-lo.

Por norma, se precisa de dinheiro para pagar uma compra de menor valor e achar que vai conseguir pagar esse valor num curto espaço de tempo, o cartão de crédito poderá ser a solução mais adequada. Caso precise de financiamento para liquidar uma despesa mais avultada ou usar em várias finalidades e pretenda pagar ao longo de vários meses ou anos, o mais indicado será pedir um empréstimo pessoal.

Tenha em consideração que os cartões de crédito não devem ser utilizados como meios de financiamento e que, neste caso, os créditos pessoais são uma alternativa mais viável. Além do custo inferior das taxas de juro, os créditos pessoais permitem fazer uma melhor gestão do seu orçamento, uma vez que terá um prazo de pagamento mais longo, que não irá sobrecarregar tanto a sua carteira, tendo sempre a possibilidade de fazer uma amortização antecipada.

O mesmo não se aplica aos cartões de crédito, que são os empréstimos mais caros do mercado, com taxas de juro muitas vezes superiores a 15% e sem prazo definido para amortizar a dívida, facto que o leva a pagar juros durante muito tempo.

Para comparar créditos, dê atenção à TAEG, que engloba todos os encargos, e ao MTIC, que representa o valor total que vai devolver à instituição.