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Risco de pobreza em Portugal atinge mínimos

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Risco de pobreza em Portugal atinge mínimos

Desde 2003 que os portugueses têm vindo a melhorar condições de vida, com exceção para os anos da crise financeira internacional. Segundo dados da Pordata, em 2017 a taxa de risco de pobreza atingiu o valor mais baixo de sempre: 17,3% da população

De acordo com a base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos, são considerados em risco de pobreza todas as pessoas que ganhem menos do que o rendimento mediano da população, ou seja, 460 euros por mês. Para o cálculo da taxa são considerados todos os rendimentos, incluindo pensões, subsídio de desemprego, rendimento social de inserção (RSI), etc. Se as prestações sociais não entrassem nas contas, a taxa de pessoas em risco de pobreza seria de 45% da população.

Importa referir que, em 2018, existiam apenas 282 beneficiários de RSI – o valor mais baixo desde 2006. Destes, 51,3%) são mulheres e dois em cada cinco têm menos de 25 anos. Além disso, mais de dois milhões de pessoas recebem pensão de velhice.

Segundo a Pordata, os jovens menores de 18 anos são os mais vulneráveis à pobreza. Em 2017, 18,9% da população jovem estava em risco – menos do que os 20,7% de 2016. A taxa mais elevada registou-se em 2013.

No extremo oposto, 17,7% das pessoas com mais de 65 anos estavam abaixo do limiar – um valor ligeiramente maior do que os 17,7% do ano anterior.

Comparando a evolução do salário mínimo nacional, em 1974, era de 582,6 euros e, em 2018, era de 661,6 euros – o que, descontando o efeito da inflação, significa que, passados 45 anos, ganhamos apenas mais 78 euros por mês.

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O caso é ainda pior no que diz respeito às pensões mínimas de velhice e invalidez: 260,7 euros em 1974 e 262,8 euros em 2018. Ou seja, mais 2 euros em 45 anos.