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Quando é que o crédito consolidado é a melhor opção?

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Quando é que o crédito consolidado é a melhor opção?

Um novo projeto, um bebé que está a caminho ou a casa que sonhamos comprar são mudanças que implicam investimento e fazem-nos pensar mais nas despesas do dia-a-dia. Muitas vezes esquecemos até que há soluções que tornam mais fácil atingir esses objetivos. E mesmo quem tem o seu orçamento controlado e a vida estabilizada, sem novos planos no horizonte, ainda pode conseguir uma folga extra todos os meses. 

O crédito consolidado, para quem tem mais do que uma prestação a pagar, pode ser uma solução para fazer face às despesas ou para ter algum dinheiro extra ao fim do mês. Veja em que situações o crédito consolidado é uma boa opção.

Quando os rendimentos baixam

Para quem tem rendimentos que variam ou há uma redução inesperada, cortar despesas é um dos primeiros objetivos. Nessa altura, há que olhar para os principais encargos e ver onde se pode baixar. Quem tiver mais do que um crédito, em vez de vender o carro ou a mota que ainda não acabou de pagar, pode apostar num crédito consolidado para reduzir as mensalidades. Atinge até uma folga maior nos meses de rendimentos mais altos, que pode ser usada para uma compra que estava adiada.

Há despesas mais fáceis de cortar no dia a dia, só que por vezes isso não chega para fazer face aos encargos mensais. Juntar os créditos que tenha num só garante que vai ter uma mensalidade e uma taxa de juro apenas, e pode deixar de pagar as várias comissões que tenha dos outros créditos, como a anuidade de um cartão, por exemplo.

Para o bebé que vai nascer

Planeado ou inesperado, o nascimento de um bebé vira a vida familiar de pernas para o ar. Quarto, fraldas, roupa, comida, carrinho, produtos higiénicos, consultas, medicamentos, berçário e creche… é um sem-número de despesas que passam a entrar nas contas de casa. É difícil controlar esses encargos quando já existe um crédito automóvel ou de umas obras que se fizeram em casa. O crédito consolidado permite juntar essas prestações, simplificar pagamentos e reduzir comissões, que passam a estar todas integradas no mesmo produto e instituição financeira. 

Além disso, ao negociar um crédito consolidado pode alargar os prazos – com o limite de 7 anos, 84 mensalidades – e incluir um financiamento extra para a chegada do bebé. As despesas são sempre maiores nos meses iniciais, principalmente quando se trata do primeiro filho, pelo que 1.500 ou 2.000 euros extra podem ajudar a comprar tudo o que é necessário.

Para a universidade

Além dos primeiros anos dos filhos, o tempo universitário é outro momento que traz despesas altas para os pais. Se a universidade é longe, noutra cidade, há as despesas de habitação. E, mesmo para quem está mais perto, as propinas, as deslocações, os livros ou o novo computador continuam a sair do orçamento familiar. Há créditos específicos para formação, que tanto podem ser para jovens que continuam os estudos como para adultos a tentar dar um salto na carreira, mas o crédito consolidado é a melhor solução se já existem outras despesas financeiras.

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Ao juntar as prestações do carro, dos eletrodomésticos novos ou das últimas férias da família numa só, com um prazo um pouco mais alargado – que pode ter em conta os anos de universidade do filho -, consegue uma almofada mensal para garantir aquele livro mais caro que de repente falta para uma cadeira ou até um telemóvel novo para ir acompanhando a vida do estudante.

Baixar a taxa de esforço

Quando é necessário recorrer ao crédito, a taxa de esforço é um dos pontos mais importantes a ter em conta. É o que indica o peso dos encargos financeiros no rendimento de uma pessoa ou família. Se pretende comprar casa e já tem prestações do carro, de cartões de crédito ou de outros financiamentos que pediu, provavelmente a taxa de esforço fica alta e o banco não aprova o crédito para uma casa.

Para investir num hobby 

Tem um projeto ou um hobby que gostava de aprofundar, mas não quer pedir um novo crédito por já ter várias mensalidades a pagar? Talvez o crédito consolidado seja a solução que procura para reduzir os encargos mensais e dedicar-se mais à sua paixão pela culinária ou pela fotografia. 

Ao consolidar vários créditos num só e negociar o prazo, consegue baixar a mensalidade, que já lhe permite suportar algumas despesas. Pode até ter um valor extra de tesouraria para desenvolver aquela ideia de fazer bolos e bolachas para toda a família, ou para a máquina fotográfica para aproveitar melhor os passeios na natureza.

Criar uma almofada financeira

Existem muitas formas de poupar ao fim do mês com as despesas do dia a dia, seja para um fundo de emergência ou para um objetivo de longo prazo, como uma entrada para comprar casa. Mas isso também pode ser conseguido através dos encargos financeiros que já tem. Se ainda não consegue ou está longe de amortizar um deles, pode optar por consolidá-los.

Ao concentrar os encargos de crédito também consegue renegociar prazos e ter apenas uma mensalidade de uma só instituição credora, em vez de várias. Menos despesas ao fim do mês significa mais dinheiro que entra no ‘pote’ das emergências.

Consolidar créditos porque vale a pena

Mesmo quem tem a situação financeira perfeitamente equilibrada, com várias prestações de crédito devidamente organizadas no orçamento, só tem a ganhar com um crédito consolidado.

Em termos de simplicidade, as vantagens de agregar diferentes créditos são claras:

  • Um só crédito
  • Apenas uma mensalidade
  • Uma instituição credora
  • Um prazo de pagamento fixo
  • Menos comissões e possivelmente menos juros
  • Mais simplicidade e organização mensal
  • Possibilidade de reduzir encargos e aumentar a liquidez
  • Mais dinheiro disponível para realizar novos projetos

O mais importante é fazer várias simulações de créditos disponíveis, sem esquecer o cálculo da sua taxa de esforço. Se ainda tem dúvidas sobre como funciona este produto, conheça melhor o crédito consolidado. Saiba também que há um novo sistema de apoio público ao sobreendividamento, para quem está em incumprimento ou em risco de não conseguir pagar dívidas.