Dinheiro

Pagamentos digitais: o que mudou em 2021

4 min
pagamentos digitais 2021

Já não é de hoje que comerciantes e consumidores se uniram para viver num ecossistema de convergência digital. O mundo físico deu lugar ao mundo online em quase todo o comércio de bens, e a geografia deixou de ter um papel relevante. Já há alguns anos que é possível adquirir produtos e bens a milhares de quilómetros de distância, sem comprometer para isso a segurança do pagamento, quer para o comerciante, quer para o consumidor.

Há cada vez mais comerciantes a adotar perfis digitais e a aceitar pagamentos instantâneos, a gig economy, e há também, cada vez mais, consumidores nativos digitais, que esperam que o e-commerce lhes traga comodidade, segurança e uma constante adaptação às suas necessidades.

A pandemia veio criar aqui uma oportunidade e acelerar a cimentar a era das compras online e dos pagamentos digitais. É o caso do contactless, uma tecnologia que já existia há anos, mas que a pandemia ajudou a desbloquear, incentivando ao seu uso massivo por parte dos consumidores. Também um estudo da GFK para a Visa, revelou que 44% dos portugueses começaram ou aumentaram as suas compras online quando começou o primeiro confinamento obrigatório.

Em consonância com este crescimento exponencial do e-commerce no nosso país, também os pagamentos digitais têm acelerado e melhorado o seu desenvolvimento. Há hoje uma variedade de canais, cujo primeiro objetivo é assegurar que as pessoas tenham acesso a meios de pagamento como lhes for mais cómodo e seguro, assegurar que as soluções estão presentes e são adaptadas às necessidades de cada um.

Um banco aberto com toda a segurança

O Open Banking (Banco Aberto) – um sistema seguro que disponibiliza aos prestadores de serviços de pagamentos, com o consentimento expresso dos titulares das contas, acesso às suas informações financeiras – abriu caminho à implementação da diretiva de pagamentos europeia PSD2, que obriga a novos e melhorados requisitos de segurança nas transações online. Se as vantagens do Open Banking passam pelo consumidor conseguir agregar todas as suas contas bancárias numa só, através de variadíssimas aplicações móveis (sejam independentes, sejam de instituições bancárias), efetuando assim pagamentos online diretamente, sem ter de abrir a própria app do seu banco, a PSD2 trouxe a segurança que faltava.

Leia mais  Quer saber como são gastos os seus impostos?

Assim, a partir de 2021, os bancos ou prestadores de serviços passaram a solicitar obrigatoriamente ao consumidor que faz um pagamento online com cartão de débito ou de crédito, elementos de segurança adicionais, como uma password (segurança de conhecimento), uma impressão digital para o caso de se usar para o pagamento o smartphone ou o tablet (segurança de inerência) ou um código enviado por SMS para o cliente confirmar o pagamento (segurança de posse).

Uma conta digital, com um cartão digital

Mas as novidades não ficam por aqui. O Unibanco, por exemplo, desenvolveu uma conta digital que o consumidor pode movimentar através de um cartão virtual ou físico, através de uma aplicação que permite enviar e receber dinheiro, fazer compras online ou presenciais e efetuar transações online em qualquer geografia. A partir desta app, o consumidor pode carregar a sua conta com um montante mínimo diário de 10€ e máximo de 5.000€, podendo ir até aos 25.000€ mensais, podendo ainda consultar todos os seus movimentos. Além disso, pode também pagar por débito direto as suas faturas domésticas, de água, luz ou outras subscrições.

Soluções diferenciadas para marketplaces virtuais

Também os meios de pagamentos personalizados e diferenciados em plataformas online são uma tendência em 2021. Soluções multifacetadas para um público online cada vez mais exigente, como o REDUNIQ@Payments permite que os comerciantes aceitem pagamentos à distância, seja por e-mail, SMS, WhatsApp ou com cartões Visa e Mastercard, mesmo que esteja a vender online sem site ou com loja digital, como por exemplo os marketplaces das redes sociais.

Chegados a uma nova era da transição digital, cabe-lhe a si, enquanto consumidor, decidir quais são as melhores formas de pagamento digital para si. Através de um simples clique e à distância de milhares de quilómetros, pode optar por uma forma de consumo cada vez mais cómoda e segura.