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Duas formas de pagar despesas de saúde no estrangeiro

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pagar despesas de saúde no estrangeiro

Quando viajamos em férias pensamos imediatamente em descanso e diversão, mas infelizmente estas podem não ser imunes a doenças súbitas, quedas ou operações de emergência. Além de adoecer, a fatura com as despesas médicas no país de destino poderá implicar um grande rombo na conta bancária.

Este é o motivo pelo qual aconselhamos – até o maior dos otimistas – a acautelar se tem uma forma de poder pagar eventuais despesas médicas numa situação menos feliz durante uma estadia temporária no estrangeiro, quer esteja de férias, a estudar ou em viagem de trabalho.  

Nestas coisas, prevenir é mesmo o melhor remédio. Não viaje sem levar um destes cartões ou até mesmo os dois.  

1. Cartão Europeu de Seguro de Doença

Tem mesmo de levar consigo o Cartão Europeu de Seguro de Doença (CESD) para viagens na Europa. É gratuito e pode ser uma ajuda preciosa quando mais precisar. Este cartão garante aos cidadãos europeus, em estadia temporária num dos países da União Europeia, cuidados de saúde junto dos prestadores de cuidados públicos e assistência médica, nas mesmas condições dos cidadãos cobertos pelo sistema de saúde público do país onde se encontra.

Isto não garante que não tenha custos. Há sistemas de saúde gratuitos, tendencialmente gratuitos ou pagos. É precisamente por isso que este cartão não substitui a necessidade de ter um seguro de viagem.

2. Seguro de viagem privado

O Cartão Europeu de Seguro de Doença é importante, mas não substitui um seguro de viagem. Não cobre – por exemplo – custos de saúde prestados no privado, eventuais operações de busca e salvamento, custos de repatriamento e outros relacionados com perda ou roubo de bens.

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São estas fragilidades que um seguro privado pode acautelar. Por norma, um seguro privado permite o acesso, no destino, a tratamentos em hospitais e clínicas privadas, com pagamento do seu bolso no local e com reembolso de despesas já em Portugal, mediante a apresentação dos comprovativos de todas as despesas médicas em que incorreu.

Tudo dependerá da apólice que contratar. Há apólices para todo o tipo de viajante e perfil. Só para ter uma ideia, os seguros mais completos cobrem situações como:
– Despesas médicas, cirúrgicas, farmacêuticas e de hospitalização em Portugal, Europa e no mundo;
– Acidentes durante a viagem;
– Despesas de busca e salvamento;
Acidentes em meios de transporte;
– Repatriamento ou transporte sanitário de feridos, doentes, falecidos, menores, deficientes e acompanhante;
– Prolongamento de estadia no hotel até ao regresso a casa. 

Antes de viajar peça o seu Cartão Europeu de Seguro de Doença. Para isso, pode – de forma simples – e tendo número de Identificação de Segurança Social, entrar no site da Segurança Social Direta e com palavra-chave ou Cartão de Cidadão, aceder ao serviço e pedir o seu cartão. Mas não deixe a tarefa para a véspera da viagem, porque ainda terá de esperar alguns dias até que o cartão chegue a casa. 

Se puder, aconselhamos ainda a fazer um seguro de viagem à sua medida, caso não o tenha. Não é de mais estar duplamente protegido e evitar surpresas pouco agradáveis.