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Abrir uma conta sem sair de casa

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Abrir uma conta sem sair de casa

Abrir uma conta sem sair de casa? Sim, percebeu bem. Já é possível abrir uma conta bancária sem ter de deslocar-se a um balcão de uma instituição bancária. Basta que tenha um computador, tablet ou telemóvel com acesso à internet. A medida é recente e vem complementar uma série de serviços bancários online já anteriormente disponíveis.

Se é verdade que os balcões dos bancos são cada vez menos, devido à necessidade de reduzir custos, por outro lado, a relação que os clientes mantêm com o seu banco é, cada vez mais, digital. Hoje, podemos fazer quase todos as operações financeiras sem sair de casa. Faltava o ato de subscrever uma conta, que passa agora a ser também possível à distância. Saiba como funciona, em dois pontos:

1. As assinaturas

A verificação dos elementos de identificação dos clientes, que é sempre necessária nestes casos, passará a ser feita por videoconferência. Tratando-se de um processo que, regra geral, envolve a necessidade de várias assinaturas, o Banco de Portugal (BdP) aprovou a utilização de videoconferência como uma alternativa à presença física num balcão. A assinatura continua a ser obrigatória para a celebração destes contratos, mas o processo é agora facilitado pelas assinaturas eletrónicas qualificadas.

2. A videoconferência

A videoconferência entre o cliente e o representante da instituição bancária deve acontecer em determinadas condições, para que seja considerada válida. A sessão tem de acontecer em tempo real e sem pausas; conter a indicação da data e hora; e o cliente deve dar o seu consentimento expresso. Após este “reunião” à distância, o cliente recebe uma password única que deve ser introduzida numa plataforma, e já está. Desta forma, são cumpridas todas as etapas que envolvem a subscrição de uma conta, usando apenas a Internet.

A realidade é que, mesmo antes da possibilidade de abertura de conta à distância, uma grande parte da população portuguesa já se tinha rendido à facilidade dos serviços através da Internet. Se não é o seu caso, descubra outras cinco operações que pode fazer online, e simplifique os seus dias.

1. Consultar o saldo e movimentos recentes

Foi das primeiras operações e estarem disponíveis online. Já lá vai o tempo em que os portugueses controlavam as despesas através das cadernetas. Até mesmo a consulta de saldos nas caixas automáticas começa a ser relegada para segundo plano, perante a simplicidade que existe em obter essa mesma informação através de um ou outro clique num site ou até mesmo dois ou três toques no ecrã do smartphone. Hoje, todos os bancos permitem consultar o saldo e os movimentos recentes online.

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2. Pagar serviços ou compras

O débito direto é uma alternativa muito usada pelos portugueses que pagam as contas de forma automática. Também existe quem prefira fazer o pagamento no multibanco, guardando o talão. E, depois, há os que o fazem através do homebanking, a partir do computador, tablet ou do smartphone. Grande parte dos bancos já tem uma app, algo que possibilita aos clientes pagarem serviços como a água, a luz, o gás, a fatura do pacote de telecomunicações ou qualquer tipo de compra a partir de meia dúzia de toques no ecrã de um telemóvel. Esta é, sem dúvida, a opção mais rápida e cómoda, com as vantagens de não ter qualquer custo e de poder guardar o comprovativo do pagamento.

3. Fazer transferências

Fazer transferências online é fácil, seguro e, regra geral, sai mais barato. Em muitos bancos, pagar fazer uma transferência terá de pagar alguns euros. O que acontece é que estará a pagar ao bancário para que ele introduza a ordem no sistema. Como em todos os serviços bancários, o custo varia de banco para banco, mas se o fizer online, a partir de casa ou do trabalho, nunca sairá mais caro.

4. Requisitar cheques

Já pouco ou nada utilizamos cheques no dia-a-dia, mas eles continuam a ser usados como meio de pagamento em transações de maior valor como, por exemplo, o sinal para a compra de uma casa ou a aquisição de um automóvel. Quando precisar de cheques, faça o  pedido através da internet. O preço a pagar será mais baixo do que se fizer a requisição presencialmente, num balcão.

5. Poupar

Há já alguns anos que é possível poupar em depósitos específicos da internet. As instituições disponibilizam aplicações com condições exclusivas para subscrições online. Geralmente, trata-se de aplicações com prazos mais curtos, até um ou dois anos. A grande vantagem destes produtos para o cliente é a facilidade com que se faz a gestão do dinheiro que está à ordem e a prazo.

Se a tecnologia existe, não há porque não tirar partido dela. Qualquer um destes passos bancários será sempre mais rápido, prático e cómodo, e quase sempre mais barato do que ir ao balcão.